Ex Litteris

Venha adentrar no mundo venturoso e libertador da literatura com a leitura dos melhores textos e obras produzidos pela Academia de Letras da Faculdade de Direito da USP, espaço para a exploração da arte das palavras e janela para o coração e mente de escritores com experiências, histórias e universos inteiros à espera de serem descobertos. Na coluna Ex Litteris, os leitores terão a chance de ler e comentar textos dos mais diversos gêneros literários e formatos, tendo ao seu alcance um espaço de escrita criativa e artística, bem como ter a oportunidade conversar com os autores e enviar textos autorais para serem publicados em nosso jornal.
Vem conhecer a Coluna Ex Litteris Acadêmica!

Esse ano, para me resguardar de lágrimas, dou meu coração para você

Laura Thereza Mique Já passei muitos natais com a minha dona, mas este é diferente. Antigamente ela usava roupas masculinas, terno, gravata e sapato social. Hoje, ela está de vestido. Antes, ela me dizia que deveria chamá-la de Pedro, mas sempre soube que o nome dela era Pietra. Ano passado usou uma saia pela primeira […]

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solstício

I Por que quiseste tantoSegurar minhas mãosE os dedos entrelaçados…Já os corações não estão? Tropeços de abraçosSão como os verõesBrincando descalçosDe preocupações II Deitei-me ao teu abraçoE, em pleno invernoAmei-te verão III Andorinha solitária,Que faz nesse inverno?Recolhe suas penas,Tão frágeis, pequenas?Se cobre de plumasNas horas escuras?Já dorme em seu ninho,Hermético abrigo?Espera o verão…Enquanto esse vento,Que

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Sonho

Gustavo Moreira Filgueiras A magia qual encantaSensato, tolo, ou maluco,o mel que surge do muco,a luz que cega e acalanta Amarga falta que prantaComo um desejo caduco:Esperança em um fachucoQual, o dissabor, espanta Ilusão febril produzEuforia desmedidaQue, a realdade, reduz Escape da cruel vida;querer, que a privação induz.Sonha desperta, iludida.

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Espera suspensa

Jiullya Corrá Encaro a mim mesmo no reflexo da bebida que há de chegar ao fim. O meu coração, em uma ironia cruel, coordena suas batidas às batidas de um relógio que marca as horas como quem fere. Cada segundo é um prelúdio do que iminentemente virá em minha direção. Como cada segundo de uma

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LUMIÉRE

Por Lucius Reyneard Regressar à minha escuridão.Sem vela daquela que me rasga a noitecom o fulgor de um farolnum mar sem bússola.Sem cais, sem porto,só naufrágio Seguro ao mastronão pelo mundo,por Lumiere. Lumiere…acende minha solidão mais funda.Traz o vazio que grita,Veste-me do silêncio que me embala.Eu poderia taxar outro verbo,mas nada diz como calaessa dor

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Primavera

Hoje é o primeiro dia da primavera e, para comemorar, pensei em escrever poesia. Não só pensei, não, mas planejei com antecedência, fiz inúmeros esboços, selecionei as mais belas palavras e incisivas metáforas para poder hoje proclamá-las. Dias a fio absorto da realidade, em que a vida sensível operou tão somente em segundo plano, para

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Me lembra você

J. Kishi O céu escuro das manhãs, a toda hora, me lembra você. Minhas mãos procuram as suas a cada rua que atravesso. O vermelho dos luminosos me lembra o rouge dos seus cabelos. Em cada esquina que eu paro, cortando o vento; o vento me corta de volta, com o frio que me quebra

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